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Desde o primeiro dia que conheci Barra Velha, me encantei por ela. Sempre foi meu destino por excelência e algo sempre me puxava para cá. Sei que aqui somos abençoados e tenho a certeza de que é possível com boa vontade e junto com todos que amam essa terra, faremos de nossa cidade um verdadeiro pedaço de céu!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Nossa Limpeza de Praias


Algumas logos do nosso Projeto para Itajuba
A anos atrás, antes mesmo de vir a morar definitivamente em Itajuba, quando vinha para cá nos finais de semana, sempre ficava extremamente incomodado com a situação de abandono e falta de cuidado com nossas praias, em especial as de Itajuba onde sempre morei. O nosso maior problema então era o lixo espalhado nas areias o que sempre me causou estranheza pois desde criança fui ensinado e acostumado a depositá-lo em local adequado. A revolta era e ainda é maior, pois via a "minha" praia sendo sujada por frequentadores nativos e turistas de forma indiscriminada. A poluição das praias não é apenas agressiva ao visual, mas também a saúde tanto de humanos quanto animais, que podem vir a ingerir ou se ferir com objetos lançados sem critério nas praias, rios e mares.
Por esse motivo resolvi junto com minha esposa "criar" uma espécie de Programa de Conscientização chamado " AMIGOS DE ITAJUBA"!   Esse pequeno projeto pessoal consistia em conversar com frequentadores das praias de Itajuba, esclarecendo e divulgando bons hábitos em relação ao seu uso.
Para isso iniciei a impressão de panfletos em casa numa pequena máquina copiadora (xerox) que tinha, com o objetivo de distribuir esses panfletos junto com sacolinhas biodegradáveis que comprei em Curitiba, para os usuários das praias.

Folheto distribuido nas praias
Assim, todos os finais de semana passávamos, eu e minha esposa, pela praia fazendo a distribuição deste material, sendo o trabalho mais intenso sempre na época da temporada.  Paralelamente a distribuição íamos para cima e para baixo nas praias catando lixo alheio e ensacando-o para levar para casa e depositá-lo em local adequado para a coleta, visto que até hoje a empresa coletora não procede esse recolhimento na orla.


Distribuindo panfletos e sacolinhas
 
Isso nos rendeu boas histórias, tanto positivas quanto negativas. Tinha gente que simplesmente se recusava a aceitar o panfleto e sacolinha com a desculpa que não era o "dono" do lixo jogado! Outro dizia que assim tinha "trabalho" para os catadores de lixo! E assim por diante. Claro que sempre tem boas pessoas que de imediato aceitavam e recolhiam tudo em volta e ainda pediam desculpa pela falta de atitude em fazer isso antes, até elogiando nossa iniciativa!  Mas o importante dessas histórias acontecidas a praticamente 10 anos é que com a continuação desse trabalho e seu aprimoramento, hoje a quantidade de lixo jogado em nossas praias já diminuiu consideravelmente, fruto da conscientização de muitos cidadãos!!

Fazendo parte do Dia Mundial de Limpeza das Praias-2010

Com o passar dos anos nos engajamos em outras ações dessa natureza vindo a participar do Programa Mundial de Limpeza das Praias, projeto desenvolvido pela ONG-OCEAN CONSERVANCY. (http://www.oceanconservancy.org/ )
Atualmente essa ONG mundial sediada nos Estados Unidos é nossa parceira em ações de limpeza das praias, fornecendo novas tecnologias, idéias e apoios para que possamos manter nossa cidade costeira mais limpa e despoluída, e sempre quando promovemos um evento dessa natureza, enviamos relatórios descritivos dos procedimentos para as estatísticas mundiais no controle a poluição.

Hoje fazendo parte da ACDI (Associação Comunitária de Desenvolvimento de Itajuba) com a ajuda e parceria de algumas pessoas e entidades, realizamos também o Projeto Itajuba Limpa Sempre Linda.  Esse projeto brilhantemente idealizado por nossa amiga e parceira Marilise Einsfeldt tem como o próprio nome já diz, manter o bairro e cidade limpos e lindos!
Nesse projeto, atendemos a todas as praias de 4 Itajuba e com uma equipe de quase 100 pessoas, em um dia apenas de limpeza, recolhemos 1.800 kg de lixo de nossa orla marinha.
Esse projeto terá a sua manutenção anual com o apoio da comunidade e engajamento de todos os cidadãos interessados em ter um meio ambiente melhor e mais limpo.


Preenchendo planilha com dados sobre o recolhimento do lixo em Itajuba
 
Nossa equipe de limpeza da Praia do Cerro
Tenho a certeza de que com boas idéias e trabalho é possível resolver diversos problemas que tanto nos incomodam. Junto com amigos e uma sociedade ativa e unida que encare e aceite desafios será muito mais fácil transformar nosso bairro e cidade em um lugar cada dia melhor.  Nada acontece sem tomarmos uma atitude, pois as transformações ocorrem quando há vontade e trabalho!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Necessidades Urgentes e Simples para Barra Velha

MUITAS!!!   Isso define as necessidades urgentes para Barra Velha. Claro que entre as necessidades, há prioridades, e nem sempre as prioridades são iguais para todos. Eu defino como prioridades as necessidades básicas para uma boa qualidade de vida como acesso a água, energia elétrica, esgoto, segurança, educação, saúde e educação, entre tantas outras.
Barra Velha já a algumas décadas é um destino turístico conhecido, e sempre foi um destino turístico por excelência,  sempre recebeu de braços abertos joinvilenses, jaraguaenses, blumenauenses, curitibanos e tantos outros que por aqui tem casa de veraneio e ajudam a alavancar a cidade através de pagamento de impostos. Esses todos turistas e moradores que aqui vivem merecem ter suas necessidades básicas atendidas, e pensando nisso a pouco mais de um ano atrás, através da ACDI (Associação Comunitária de Desenvolvimento de Itajuba) da qual faço parte, solicitou a execução de projeto de modificação viária após receber diversos pedidos de moradores.

Até hoje ainda não foi executado em sua totalidade, faltando toda a sinalização horizontal (faixas) a serem pintadas nas vias, bem como ciclofaixas, marcação de estacionamento e placas indicativas em geral. Na verdade, faltam pintura de faixas de pedestres em toda a cidade, mas em Itajuba, é crítico!!   Só para se ter uma idéia, no percurso de pouco mais de 3 km entre a divisa de Piçarras e o Morro do Grant, há apenas 4 (quatro) faixas de pedestres pintadas na Av. Itajuba.

Onde estão as faixas de pedestres ?

Isso mesmo, uma a cada quase 1 (um) quilometro. Pergunta: Como o pedestre vai cruzar a via sem ter a segurança da Faixa de Pedestres ?
Agora cruzar a via sem faixas é uma aventura, pois ainda poucos motoristas se dispõem a parar quando tem faixa pintada, sem pintura quase impossível pelo grande fluxo de veículos.
Já solicitamos e protocolamos mais um pedido formal a Diretoria de Trânsito da cidade para proceder essa pintura, após diversos contatos verbais efetuados sem sucesso e até agora nada.

Minha dúvida apenas é sobre o motivo da demora em executar uma coisa relativamente simples e rápida que vai beneficiar muita gente e de baixo custo.

Um pouco mais demorado mas simples é a questão do despejo de esgoto nas praias.
Falo específicamente de Barra Velha e Itajuba, pois o "fenômeno" das " Línguas Negras" está se proliferando.

Esgoto a céu aberto no Grant
Tanto no centro como agora também em Itajuba isso está acontecendo e parece que poucas pessoas estão se importando com isso.  Tratar a questão do esgoto é fundamental, tanto para a saúde quanto para o turismo. Poluir nossas praias com esgoto é inaceitável!!!  Cabe as autoridades competentes definitivamente agirem com rigor. De que adianta tem boa infraestrutura se as areias e águas da cidade estão impraticáveis causando doenças e afastando as pessoas da orla ? Diversas denúncias já foram feitas, mas aparentemente essa questão não é prioridade, mesmo quando se sabe quem está despejando o esgoto.


Córrego com esgoto na Lagoa
 Prioridades podem ser resolvidas pela simplicidade. Quanto mais simples mais rápido,  mais complicado demora um pouco mais, só isso!!

terça-feira, 20 de março de 2012

Minha Raiz em Barra Velha


Desde muito pequeno, tenho vindo regularmente para Barra Velha, isso antes mesmo de frequentar a escola. Naquela época, década de 1960, levava-se muitas horas de Curitiba-Pr. até aquí, pois a BR 101 não era de pista dupla e nem ao menos era asfaltada.

Meu pai não tinha carro, então quando era possível, vinhamos de carona com um amigo dele que tinha uma Kombi ou então no velho Austin do meu tio Teodoro, irmão mais novo de meu pai. Era uma grande aventura, pois vinhamos todos empilhados nos carros, sem cinto de segurança (nem existia) fazendo a maior algazarra. Na divisa dos estados na região de Garuva, havia um Posto Fiscal, onde a polícia nos parava para recomendações e informar as condições da estrada.
Quando estávamos chegando era aquela festa, pois depois de horas de desconforto, nada como uma boa praia para poder correr a vontade.
Poucas fotos tenho dessa época, pois não era muita gente que possuia uma máquina fotográfica, e o processo de revelação e impressão das fotos era demorado e caro. Assim mesmo procurei bastante para encontrar algumas que fazem parte da minha história aqui em Barra Velha.
Não possuíamos casa de praia, pois não tínhamos dinheiro para isso, então sempre ficávamos "de favor" na casa de amigos ou então de barraca, e olhe que não eram essas modernas, mas sim apenas uma lonas grandes de caminhão que eram usadas com esta finalidade. As casas também não tinham energia elétrica (geladeira nem pensar) nem água encanada e para se comprar as coisas só o básico em pequenas vendinhas. O bom mesmo era comprar peixe e camarão sempre fresquinhos e quase de graça, sempre dos pescadores amigos.
Eu com meu irmão na Lagoa de Barra Velha - 1967
O "ponto turístico" da época já era a Lagoa, e eu ficava maravilhado olhando "as pessoas de posse" usando suas lanchas nela. Ficava horas brincando a beira da água com barquinhos e fazendo castelos de areia. Também aprendi com meu pai a pescar com "garrafa", e nem lembro mais qual foi meu primeiro peixe, mas lembro que me divertia muito fingindo ser um pescador experiente.
Aprendendo a pescar com linha de mão.
Vinhamos para praia no máximo uma vez por ano, nas férias escolares, e para mim era um verdadeiro ritual os preparativos para ir para praia, e olhe que não era todo ano, por questões de não ter onde ficar ou não ter dinheiro. Por este motivo eu vivia sonhando em que meu pai pudesse comprar uma casa na praia, fato que nunca se concretizou.

Minha mãe, meu pai e a tal Vemaguete 1960
Desse modo continuamos vindo e ficando de favor na casa de amigos, o que nem sempre era possível, mesmo quando meu pai comprou seu primeiro carro, uma Vemaguete 1960 de duas cores. Depois com o passar do tempo ficamos muitas vezes na casa de um primo do meu pai, que ele havia comprado em Itajuba.
Quando era mais velho e já maior de idade, eu vinha para Barra Velha com amigos, seja para acampar ou emprestar uma casa, mas o interessante é que eu sempre gostei de vir para Santa Catarina, mesmo morando até então em Curitiba no Paraná, e sempre ficava em Itajuba.


Vista de Itajuba-1977(Vejam a esquerda o Cemitério)

Eu no Morro do Cristo em 1978
O passo decisivo que mudou minha vida foi quando estava voltando de lua de mel, vindo do Rio Grande do Sul, nas vésperas do ano novo de 1991, passamos para visitar outro primo de meu pai que havia comprado casa também em Itajuba, e fomos convidados por ele a ficar uns dias. Claro que aceitamos o convite e dalí em diante viramos frequentadores assíduos de Itajuba, vindo em feriados e finais de semana, fato que se tornou tão corriqueiro que chegamos a vir mais de 50 vezes por ano para Barra Velha.  Até que decidimos morar definitivamente aqui pois esses constantes deslocamentos eram cansativos e caros e assim precisamos decidir qual cidade mais gostávamos. Nenhuma dúvida;  Barra Velha foi a escolha! Já em 1996 quando nasceu nosso primeiro filho, decidimos comprar nossa propriedade em Barra Velha, e sabem onde comprei ?  Exatamente ao lado da casa do primo, na antiga Rua 1606 no Loteamento Santa Luzia II em Itajuba, onde construimos a nossa casa e na qual moramos até hoje, e que carinhosamente chamamos de "Pedacinho de Céu"!